sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Vênus e o Vento
Vem Vênus do vento
lufa-lufando saias
curtas
venta em mim
me enche as ventas
com teu odor
sedutor.
Vem Vênus do vento,
não vai ventar na
areia
venta, Vênus, na
minha praia
eleva aos céus meu
coqueiro!
Venta, Vênus na
minha vida,
te aceito volátil,
vaporosa.
Quem pode querer
prender o vento?
Se Vênus venta, o
faz no mundo
nunca ao ar
condicionada
livre, leve, levada
Vênus
ventre que aviva
minha vida
estes são versos de
Vênus
versos de um amor
avesso
amor devasso e
travesso
amor ar intangível
de certo modo
angustiante
de um pobre poeta
perdido
por um amor do vento
colhido
um amor que sopra
por onde
o vento de Vênus o
leva
que quando o
queremos mais perto
já venta em terra
distante
amor de vento maduro
com ares
de juventude.
Porto Alegre, 23/01/2009
ROCK - mais um poema com o tema
Hoje, 24/04/2012 tem Grito Rock em Petrópolis - RJ. Este poema e Rita Lina e o Rock estarão participando, em varal poético ... Amanhã, também em Petrópolis este poema sai no Jornal Cascatinha, na Coluna Poetizando da Catarina Maul
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Rita Lina e o Rock
A coisa surgiu como um desafio que me fez a Catarina Maul, da Confraria da Poesia Informal... fazer um poema sobre rock. O que saiu, foi uma brincadeira que acho que dá pra mostrar:

Clicando, a figura aumenta e dá pra ler, mas ainda assim, vai o texto pros que não tem olhos pra ler as letrinhas no poster...
Rita Lina é uma menina normal
decidiu que a noite vai ser sem igual
porque a noite é do Rock
porque é noite de ser lóqui
decidiu que a noite vai ser sem igual
porque a noite é do Rock
porque é noite de ser lóqui
Rita Lina toma o seu banho de lua
veste o seu biquíni de bolinha
bota a saia e a blusa amarelinha
ta quase pronta pra encarar a rua
veste o seu biquíni de bolinha
bota a saia e a blusa amarelinha
ta quase pronta pra encarar a rua
no seu sapato de lacinhos cor-de-rosa
ela está pronta para a noite, toda prosa
e vai chamar de estúpido o cupido
que inventar que ela tem que ter marido
ela está pronta para a noite, toda prosa
e vai chamar de estúpido o cupido
que inventar que ela tem que ter marido
ela só quer um beijinho splish-splash
é garotinha mas não teme lobo mau
se um garotão tomar seu coração num flash
também não deixa que ele pense que é o tal
é garotinha mas não teme lobo mau
se um garotão tomar seu coração num flash
também não deixa que ele pense que é o tal
Rita Lina é uma menina normal
decidiu que a noite vai ser sem igual
porque a noite é do Rock
porque é noite de ser lóqui
decidiu que a noite vai ser sem igual
porque a noite é do Rock
porque é noite de ser lóqui
Porto Alegre
22/02/2012
Povoado afogado
(foto: Scott Rhea, retirada da internet)
povoado
afogado
tolas calhas
que ocultam moluscos
(quando o ar é água
telhados quebrados
não tem goteiras)
vila subaquática
onde emoções passadas
e sonhos molhados
permanecem entre os
peixes
que nadam por ruas
lugarejo onde te quis
agora imerso em lago
silêncio de poço
torneiras inúteis
chuveiros inúteis
talvez algum dia
de conto de fada
alguma sereia
resolva habitar
a cidade das águas
talvez a sereia
encontre um dia
teu quarto de nácar
cortinas de rosa
dossel de algas
quem sabe a gaveta
do criado-mudo
ainda tenha o poema
em caneta verde
na folha de almaço
quem sabe o poema
lavado na água
levado pra longe
agora dissolvido
no rumo do olvido
à vista da sereia
as palavras desfeitas
o papel esfacela
e a menina das águas
não sabe ler
Renato de Mattos Motta
Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2012.
Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2012.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Fachada
A foto e a diagramação são da Ana Beise.
O prédio fica na Santana quase esquina Jerônimo de Ornelas.
o texto eu escrevi
depois da foto linda
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