clara fêmea noturna
carnal carícia
vaca sagrada dos cornos de lua
altar pagão
vaca chapada que ronda a rua
morna sedução
vaca divina curvilínea
pele leitosa
deleite no leito
tetas macias de leite em pó
esguichando estrelas na noite
iluminando caminhos no céu
mãe do dia
amante da noite
paixão da terra
imensa vaca de sangue quente
que aplaca desejos com cerveja
carne de beijo na boca
poderosas coxas
corpo fértil
paraíso de prazeres
traçando na minha noite
vias tortuosas de perdição
Porto Alegre, 19 de janeiro de 2010.
(ilustração: detalhe da capa de "Pau de Poemas - xilogravura de 1987, colorizada digitalmente)
7 comentários:
Com é que é? Onde a vaca vai, o touro vai atrás?
Gostei, partiuclarmente do ritmo nos primeiros seis versos.
HEHE!
legal, Manuel, mas eu sou de Leão...
Ruminante poema.
:)
http://pulsarpoetico.zip.net
Ruminante, Graça? não tinha pensado desta forma...
gostei.
ah, eu já vi uma vaca dessas num desenho animado. hehe
bjss
essa vaca é sagrada!
Sim, sandrinha...
divina...
Postar um comentário