sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vênus e o Vento




Vem Vênus do vento
lufa-lufando saias curtas
venta em mim
me enche as ventas
com teu odor sedutor.
Vem Vênus do vento,
não vai ventar na areia
venta, Vênus, na minha praia
eleva aos céus meu coqueiro!
Venta, Vênus na minha vida,
te aceito volátil, vaporosa.
Quem pode querer prender o vento?
Se Vênus venta, o faz no mundo
nunca ao ar condicionada
livre, leve, levada Vênus
ventre que aviva minha vida
estes são versos de Vênus
versos de um amor avesso
amor devasso e travesso
amor  ar  intangível
de certo modo angustiante
de um pobre poeta perdido
por um amor do vento colhido
um amor que sopra por onde
o vento de Vênus o leva
que quando o queremos mais perto
já venta em terra distante
amor de vento maduro
com ares
de juventude.


Porto Alegre, 23/01/2009

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